SÉRGIO DA CONCEIÇÃO “ASSALTA” PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA ANGOLA-TURQUIA
PAIS DENUNCIAM AO PR “SITUAÇÃO PENOSA” NO ENSINO ESPECIAL

PAIS DENUNCIAM AO PR “SITUAÇÃO PENOSA” NO ENSINO ESPECIAL
Numa carta dirigida ao Presidente da República, João Lourenço, a que o Portal “A DENÚNCIA” teve acesso, o colectivo de pais e encarregados de educação da Escola do Ensino Especial n.º 8.001, situada no Município do Kilamba Kiaxi, em Luanda, apontam que as salas são “sobrelotadas e dificultam os trabalhos dos professores” daquela Instituição de Ensino Especial.
A falta de transporte escolar para os alunos, muitos com locomoção limitada, devido à incapacidade motora, consta também entre as inquietações dos pais, referindo que os transportes públicos não isentam os alunos com necessidades especiais e seus acompanhantes do pagamento de bilhete de passagem.
O colectivo de pais e encarregados de educação conta que a não isenção nos transportes públicos “constitui um enorme constrangimento para as famílias que não conseguem custear a deslocação diária dos filhos à escola, tendo de priorizar a época dos exames”.
Queixam-se também de “acentuada degradação” do nível social, da qualidade de vida dos portadores de necessidades especiais e das suas respectivas família, cujos pais vêem o “salário descontado ou perdem o emprego porque têm de acompanhar diariamente os filhos”.
“Nas actuais condições de transportação e, ao meio dia, levá-los de volta à casa, pois carecem de acompanhamento e supervisão contínua, é incompatível com o cumprimento do horário normal de expediente”, lamentam.
Eles falam também em “desestruturação familiar e sobrecarga física e psicológico-emocional”, sobretudo para a mulher, porque “muitas vezes o progenitor abandona a família por causa da rotina difícil e onerosa subjacente à criação e educação de crianças especiais”.
A necessidade de as escolas do Ensino Especial serem dotadas de material para a emissão de cartões escolares e da “efectivação da merenda escolar, para uma boa alimentação dos alunos com necessidades especiais, devido à carência das famílias”, estão igualmente entre as solicitações.
O elevado grau de absentismo e desistência escolar estão entre as consequências porque, referem, devido à exiguidade de escolas do ensino especial, crianças do Kilamba Kiaxi e de outros municípios têm de percorrer longas distâncias para ter acesso ao ensino.
Por isso, na carta endereçada ao Presidente angolano, a que até ao momento ainda não respondeu, “rogam” a João Lourenço que sejam disponibilizados meios de transporte escolar para as crianças das Escolas Especiais e que elas e seus acompanhantes sejam isentos do pagamento do bilhete de passagem nos transportes públicos.
Defendem ainda que na proposta de lei de alteração à Lei Geral do Trabalho seja equacionada uma cláusula de “horário especial e protecção contra o despedimento “de pais e tutores de alunos com necessidades especiais, aumento de salas de aula e quotas de ingresso de professores especializados “para suprir o actual défice”.
O Portal “A DENÚNCIA” sabe que o Presidente João Lourenço ainda não respondeu a esta solicitação. Mas, nós prometemos acompanhar o caso até ao desfecho.