ESPERANÇA GANGA, “PROTEGIDA” DO VICE-PGR MOUTA LIZ, SENTA-SE NO BANCO DOS RÉUS NA TERÇA-FEIRA

 ESPERANÇA GANGA, “PROTEGIDA” DO VICE-PGR MOUTA LIZ, SENTA-SE NO BANCO DOS RÉUS NA TERÇA-FEIRA

Esperança Ganga, que vendeu um terreno com documentos falsos ao “mandatário” do Vice-PGR Mouta Liz e chegou a ser solta pelas autoridades a mando deste, será julgada na próxima terça-feira, 2 de Agosto, na 8.  ͣ Secção da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, sito no Benfica, pelos crimes de Usurpação de Imóvel, Organização Criminosa, Formação de Quadrilha e Falsificação de Documentos.

Esperança Ganga, Domingos Quipaca e o Vice-Procurador-geral da República Luís de Assunção Pedro da Mouta Liz, que acusaram Carlos Alberto e o Portal “A DENÚNCIA” de terem feito a veiculação de calúnia, difamação e abuso da liberdade de imprensa contra esses, ganharam a causa no tribunal de primeira instância. O Jornalista e Director do Portal “A DENÚNCIA” Carlos Alberto chegou a ser condenado a 2 anos de prisão efectiva e ao pagamento de uma indemnização de 110 milhões de kwanzas aos “ofendidos”. Na terça-feira, 2 de Agosto, a “protegida” de Mouta Liz vai sentar-se no banco dos réus para esclarecer o mesmo assunto. O terreno em causa já se encontra em nome de Edson Liz, filho de Mouta Liz.

Segundo uma fonte do Portal “A DENÚNCIA”, o julgamento – que começa às 9h – tem também como arguidos Júnior Zacarias e David Mutendele, cujo ofendido é Pedro Lucau Matias.

A quesília entre Esperança Ganga e Pedro Lucau Matias, dono de um terreno sito no Benfica, começa quando Lukau viaja para Portugal para tratar da sua saúde, face ao cancro que tem no cérebro, e a senhora Esperança Valdemiro Ganga  aproveita-se da ausência de Lucau para falsificar o Contrato Promessa abaixo, com o objectivo de usurpar o terreno a seu favor, com a ajuda de João Domingos Quipaca, representante legal de Mouta Liz.

A dupla, Esperança-João, conterrâneos de Malanje, apagou a data de emissão no Contrato Promessa, que lhes serviu para reclamar do terreno, o nome do requerente e a parte da assinatura do Coordenador da Unidade Técnica.

Os falsificadores chegaram a cortar o “O” do Administrador Municipal da Samba, mas esqueceram de apagar também a assinatura do administrador Costa Gabriel, que já não se encontra no mundo dos vivos, como se pode ver acima estes actos todos.

O documento, que não tem nenhuma legitimidade na Administração da Samba, é que estava a servir como comprovativo de que o terreno lhes pertence.

Depois de conseguirem falsificar o Contrato Promessa, Esperança Ganga, em tribunal, no julgamento de Carlos Alberto e Portal “A DENÚNCIA”, conta a história de que é herdeira de um seu irmão já falecido, que supostamente era o dono do terreno. Com a ajuda, outra vez, do “testa de ferro” de Mouta Liz, consegue tratar o boletim de óbito abaixo, que diz que o seu alegado irmão faleceu de tuberculose e que ela é a legítima herdeira.

Entretanto, no Contrato Promessa falsificado não se faz menção de nenhum requerente de nome Baptista Zage Queta, suposto irmão de Esperança Ganga.

O Portal “A DENÚNCIA” obteve o Bilhete de Identidade dos dois. Na filiação de Esperança Ganga e do seu suposto irmão de nome Baptista Zage Queta não há nenhuma semelhança nos nomes dos pais, como se pode constatar abaixo.

Durante este litígio, Pedro Lucau Matias ganhou duas vezes a causa. Primeiro na Administração Municipal de Belas e, depois, no Tribunal Provincial de Luanda, Dona Ana Joaquina.

Esperança Ganga chegou a ser detida pela Procuradoria-Geral da República, junto do SIC-Luanda, sob o processo n.°1884/17, pelos crimes de Falsificação, Burla e Desobediência.

Poucos dias depois, Mouta Liz orienta a Magistrada Constância Lopes Capemba no sentido de soltar Esperança Ganga, num processo cujo instrutor da PGR, junto do SIC-Luanda foi Manuel Bizerra (actual director do gabinete do Inspector-geral Adjunto da Administração Geral do Estado, Eduardo Semente Augusto).

Neste julgamento, que começa na terça-feira, Esperança Ganga será defendida pelo mesmo escritório de advogados, que defendeu o trio (Mouta Liz, Esperança Gang e Domingos Quipaca) contra Carlos Alberto e o Portal “A DENÚNCIA”, Evaristo Maneco e associados. Esse escritório de advogados é o mesmo que o Vice-PGR Mouta Liz tinha contratado para abrir uma acção de restituição de posse definitiva, sob a forma de processo sumário contra Pedro Lucau Matias.

Evaristo Maneco e associados é o mesmo escritório de advogados que defendeu Mouta Liz – que ganhou a causa em primeira instância, com o juiz Domingos Fulevo que ignorou todas as provas do Portal “A DENÚNCIA” e impediu declarantes de mostrar provas que comprometessem a figura de Mouta Liz – acusando Carlos Alberto e o Portal “A DENÚNCIA” de terem cometido difamação e calúnia, pelo facto de terem publicado uma reportagem em que passaram detalhadamente como é que este esquema de usurpação de terreno aconteceu.

No tribunal, o juiz impediu que se exibisse provas e a reportagem (alvo da suposta calúnia e difamação) não foi alvo de análise.

Na terça-feira, 2 de Agosto, o “filme” inverte-se: Esperança Ganga passa de ofendida (com direito à indemnização) a arguida sobre o mesmo processo. A única “coincidência” é que o advogado é o mesmo (de Mouta Liz), desconhecendo-se se isso pode influenciar uma decisão favorável à senhora Esperança Ganga/Domingos Quipaca/Mouta Liz.

Mas, o Portal “A DENÚNCIA” sabe, por meio de fontes, que o advogado de Mouta Liz e Esperança Ganga, Evaristo Maneco, goza de grande influência junto da Magistratura Judicial.

O Portal “A DENÚNCIA” promete continuar a acompanhar este processo de usurpação de imóvel, que já tem, na prática, um beneficiário: Edson Liz, filho de Mouta Liz.

António Samutxixi

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