“Foi JES que negou o divórcio à Ana Paula dos Santos”

 “Foi JES que negou o divórcio à Ana Paula dos Santos”

Fontes denunciam ao Portal “A DENÚNCIA” ser mentira a narrativa de Welwitschea José dos Santos (Tchizé dos Santos) segundo a qual o seu pai José Eduardo dos Santos já não pretendia ser casado com Ana Paula dos Santos e que a desprezava. 

“Foi JES que negou o divórcio à Ana Paula dos Santos”. A disputa dos restos mortais de JES pode ter um desfecho hoje, sexta-feira, 15, num tribunal espanhol. “Não há uma vencedora antecipada mas é notório haver um sinal mais para a viúva Ana Paula dos Santos”, diz uma fonte ao Portal “A DENÚNCIA”. 

Segundo outra fonte, a ex-primeira-dama da República de Angola, Ana Paula dos Santos, solicitou o divórcio em 2017 ao ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que se recusou a concedê-lo, pois pretendia continuar com a sua relação conjugal.

De acordo com pessoas familiarizadas com o dossier, o pedido de divórcio surgiu após Ana Paula dos Santos ter descoberto que o seu marido, então Presidente da República, a traiu com Ana Francisco, então funcionária da Unidade de Segurança Presidencial (USP), que tinha a missão de proteger a filha do casal, Joseana dos Santos, uma relação que gerou uma criança.

As fontes contam que foi a partir deste período que Ana Paula dos Santos se afastou de JES e passou a ter uma vida recatada no apartamento da filha, Joseana dos Santos, onde apenas recebia seus familiares mais próximos, como as irmãs, e muito poucos amigos.

Ana Paula dos Santos, esposa casada do malogrado, disputa mais directamente com Tchizé Dos Santos, filha de José Eduardo dos Santos e de Maria Luísa Abrantes – que nunca chegou a casar-se com JES – os restos mortais do antigo Presidente da República de Angola num tribunal espanhol.

Fonte judicial ligada à filha do antigo Presidente de Angola Tchizé dos Santos disse na terça-feira, 12, à LUSA que o juiz que analisa o processo foi muito claro na afirmação de que o corpo só será entregue a uma das partes após essa decisão, sendo que é possível que as autoridades judiciais queiram fazer novas audições à família antes de decidirem a quem devem entregar o corpo.

“O tribunal foi muito claro na afirmação de que quaisquer notícias que apontem para uma decisão sobre a quem será entregue o corpo são precipitadas, porque o juiz ainda não tomou a decisão”, diz outra fonte.

Questionada sobre o que mostrou concretamente a autópsia feita durante o fim-de-semana, cujos resultados já foram comunicados à família na passada segunda-feira, o responsável escusou-se a comentar até que o juiz decida se o resultado propicia ou não mais investigações judiciais, o que deverá acontecer nesses dias.

José Eduardo dos Santos, que governou Angola por 38 anos, faleceu no dia 8 deste mês no Centro Médico Teknon em Barcelona, Reino de Espanha, depois de ter tido, na sua residência em Barcelona, uma paragem cardiorrespiratória.

Por falta de entendimento entre os familiares de JES, sobre o local onde o antigo estadista angolano e presidente emérito do MPLA deve ser enterrado, está a decorrer um processo na justiça espanhola interposto por Tchizé dos Santos, uma das filhas mais velhas do malogrado, que entende que o seu pai deve ser sepultado em Barcelona, onde faleceu, enquanto a viúva deseja que seja sepultado em Luanda.

O braço de ferro continua e a decisão pode ser emitida nesta sexta-feira, 15, por um tribunal da Catalunha que, segundo especialistas em Direito Internacional Privado, poderá decidir a favor de Ana Paula dos Santos, visto que, de acordo com as leis internacionais, a lei a ser aplicada nestes casos deve ser a lei da última residência do falecido, no caso, a lei angolana, que favorece o cônjuge sobrevivo, a viúva.

Ana Paula dos Santos, que se casou com José Eduardo dos Santos no início dos anos 90, tem quatro filhos com o antigo presidente angolano: Joseana dos Santos, Danilo dos Santos, Breno dos Santos e Huston Luleno dos Santos.

De recordar que o Presidente da República de Angola João Lourenço, sucessor de JES, decretou luto nacional de 7 dias em Angola pelo passamento físico de José Eduardo dos Santos, que, em princípio, termina nesta sexta-feira, 15, sem se ter realizado o funeral pelo facto de os restos mortais de José Eduardo dos Santos não terem vindo ao seu país.

 

Carlos Alberto

http://adenuncia.ao

1 Comentário

  • Está tudo bem são decisões judiciais.
    Os interesses familiares estariam baixos das decisões do Estado, porque o estaditas estava dentro gozo jurídica dos cincos anos, não era um cidadão normal, a lei lhe conferia como figura previlegiado .
    ” A pesar reconhecer o perdão á famílias, Estado liberou á consciência do mal para bem.!” . Vamos respeitar o princípio: Conclui que cada grupo de poder, para realizar as suas finalidades, deve obter a cooperação de outros grupos. Segundo – Robert Dahl.

Deixe uma Resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Não é possível copiar o conteúdo desta página
Iniciar conversa
Estamos online
Gostava de fazer uma denúncia de irregularidades e/ou crimes.