CONGRESSO DA JUVENTUDE DA UNITA: PRESIDENTE DO PARTIDO ACUSA MPLA DE NÃO QUE RER REALIZAR AUTARQUIAS
Trabalhadores da TV ZIMBO denunciam desonestidades e pouco profissionalismo da Comissão de Gestão

Paulo Julião Muacavula, o coordenador-geral da Comissão de Gestão da TV ZIMBO, está a ser acusado pelos trabalhadores daquela estação de mau gestor e com sinais de desonestidade na sua gestão. Em causa está o incumprimento do pagamento de salários segundo o Qualificador Ocupacional implementado pela TV ZIMBO, sob chancela do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) no dia 1 de Junho deste ano (há mais de 4 meses).
De acordo com a denúncia apresentada de forma anónima, com o obejctivo de evitar possíveis represálias, funcionários do órgão de comunicação social angolano, TV ZIMBO, acusam a direcção administrativa do órgão de não pagamento de salários com base no que ficou estipulado, respeitando um ajuste salarial com base no programa de gestão “Qualificador Ocupacional”, elaborado há mais de 4 meses, sob chancela do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), que visava entrar em vigor, com pagamento de retroactivos, no mês de Agosto (mês das eleições).
Segundo uma das fontes, o problema que tem sido fomentado nos últimos dias relativamente às “makas de salários” na TV ZIMBO é mesmo real e não uma “fake news”, como se comenta nas redes sociais, de forma desonesta e encomendada, e trata-se de uma situação que surge com base na criação do programa “Qualificador Ocupacional”, em Junho deste ano, mas que não foi implementado pela Comissão de Gestão da TV ZIMBO sem nenhuma justificação interna.
A fonte avançou que o Qualificador Ocupacional consiste em ajustar os salários dos funcionários com base em aspectos ligados ao tempo de trabalho e a função que exercem, um exercício que chegou a ser alvo de reclamações e apresentação de descontentamentos por parte dos funcionários um mês depois (em Julho).
“O novo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social Mário Oliveira chegou a dizer no evento “Matabicho com os Jornalistas” que era marca do Executivo angolano a implementação do Qualificador Ocupacional, quando não é verdade. Não é o que estamos a ver na TV ZIMBO. O ministro Mário Oliveira começou a sua função com mentiras”, sublinha a fonte.
“Fez-se uma estrutura do Qualificador, tendo como base o tempo de trabalho e a função que cada um exerce. No período de criação, os colegas receberam os seus enquadramentos, o aumento salarial e até aí tudo bem. Todos estavam de acordo. Depois houve o período de reclamação e alguns colegas não gostaram, não ficaram satisfeitos com a justificação da Comissão de Gestão. Reclamou-se e após esse período de apresentação de descontentamento, isto foi no mês seguinte, Julho, o pessoal ficou na expectativa de receber os ordenados com base na implementação do Qualificador Ocupacional em Agosto e com base nas reclamações apresentadas. Ninguém justificou a sua não implementação”, avança outra fonte, que pediu igualmente anonimato.
Questionado sobre quantos funcionários apresentaram reclamações, a fonte afirmou que não sabe o número exacto, mas acrescentou que, após a fase das reclamações, que aparentemente ficou ultrapassada, era suposto terem recebido os ordenados já ajustados no mês de Agosto. Até este mês de Outubro ( mais de 4 meses após a promessa) nada foi cumprido. Revela que inclusive chegaram a questionar à Coordenação se seriam pagos com retroactivos. A Comissão de Gestão apenas respondeu que o assunto seria resolvido, sem explicar aos trabalhadores as razões à volta do incumprimento.
Outra fonte garante que este é um problema que se regista sob inércia do sindicato dos trabalhadores da TV ZIMBO, acusado de estar a acobertar o incumprimento da Comissão de Gestão, desconhecendo-se o que ganha em troca.
No seguimento, para se adquirir o contraditório, o Portal “A DENUNCIA” contactou a responsável do sindicado dos trabalhadores da TV ZIMBO, Elsa Alexandre Canjengo, na semana passada, que se mostrou indisponível para falar naquele momento, prometendo que ligaria de volta para o jornalista e director do PAD, Carlos Alberto, no fim do dia, o que não aconteceu até hoje (23 de Outubro).
O Portal “A DENÚNCIA” teve acesso, entretanto, ontem, 22, a um comunicado difundido de forma interna pela Comissão de Gestão da TV ZIMBO, com data de 20 de Outubro, quinta-feira, segundo o qual a Direcção do referido órgão informa os seus funcionários de uma nova promessa de cumprimento do Qualificador Ocupacional a partir do fim deste mês de Outubro e que os salários serão processados com base nas categorias acordadas entre as partes a contar com 4 meses de retroactivos (Junho, Julho, Agosto e Setembro).
A denúncia inicial desse incumprimento da Comissão de Gestão da TV ZIMBO foi avançada pelo site “Factos Diários” na semana passada. “Como o Paulo Julião não levou a sério, estamos agora a denunciar ao Portal “A DENÚNCIA”, porque sabemos que a Comissão de Gestão da TV ZIMBO e o Executivo liderado por João Lourenço levam a sério o Portal “A DENÚNCIA” e o jornalista Carlos Alberto. Sabemos que agora eles vão cumprir”, sublinha outra fonte.
Os trabalhadores garantem paralisar os serviços da TV ZIMBO se desta vez se não se cumprir a promessa do pagamento dos salários com base no então prometido Qualificador Operacional e chegam mesmo a chamar nomes pouco abonatórios contra a imagem e bom nome do coordenador-geral Paulo Julião Muacavula.
O PAD promete continuar a acompanhar esta situação até ao seu desfecho e intensificar a busca do contraditório por parte da Comissão de Gestão da TV ZIMBO, classificada como “desonesta” e “incompetente”.
Com mais de trezentos colaboradores, a TV ZIMBO surgiu com a marca de primeira emissora privada angolana, fundada em 2008. Conta agora com mais de 13 anos de existência no mercado angolano. Pertence ao grupo MEDIANOVA. Foi criada com fundos públicos, sob a liderança e gestão dos generais Dino e Kopelipa, constituídos arguidos em Agosto deste ano pela Procuradoria-Geral da República de Angola.
A TV Zimbo, Televisão S.A., é gerida por uma Comissão de Gestão desde 1 de Agosto de 2020, nomeada pelo então ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social Manuel Homem, que é hoje governador da Província de Luanda, capital de Angola.
Integram ainda o jornalista Amílcar Xavier, coordenador para Conteúdos, Nuno Miguel Van-Dúnem Filipe, coordenador para a Área Técnica e de Meios de Produção, Silvina Alcina Tavita Menezes Mendes de Carvalho, coordenadora para os Assuntos Jurídicos, Inalda Marcela da Conceição, coordenadora para Administração e Finanças e Nádia Lorena Martins Brás, coordenadora para a Área Comercial e Marketing.