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CASO TAAG: TRABALHADORES MANIFESTAM-SE DEFRONTE DO AEROPORTO INTERNACIONAL 4 DE FEVEREIRO

Os trabalhadores da TAAG, linhas aéreas de Angola, manifestaram-se, nesse sábado, 25 de Fevereiro, defronte do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro para exigir cumprimento de procedimentos administrativos e de promessas que não se cumprem há mais de dez anos.
O sindicalista Décio Alegria afirma que em Novembro último assinaram um novo acordo laboral em que há vários pontos e que nenhum deles está a ser cumprido.
“Reuniões, atrás de reuniões e nada está a ser cumprido. Há várias manobras de malabarismo por parte desta administração da TAAG que garantiu que viriam seis novas aeronaves do tipo TRIPLO SEVEN 300 para nós operarmos, enquanto as nossas aeronaves estão a fazer as ditas manutenções, mas até agora não trouxeram nenhuma. Disseram que uma viria no dia 28 de Novembro de 2022, outra em meados de Dezembro de 2022 em que, supostamente, estariam numa grande campanha promocional. Em Janeiro disseram que viriam apenas três aeronaves e agora em Fevereiro passaram para zero. O PCE da TAAG, Eduardo Fairen Soria, disse que não virá mais nenhuma porque os proprietários pretendem ficar com os meios para tirar peças”, descreve.
Além das preocupações que o Portal “A DENÚNCIA” já avançou nas suas reportagens que retratam sobre este assunto, os trabalhadores exigem também novos uniformes que não são trocados há quatro anos e estão completamente desgastados. Outra promessa do referido acordo laboral que não está a ser cumprida, segundo o sindicalista, é a tradução dos manuais, que já vem sendo pedido desde 2006.
“No mês antepassado disseram que podiam dar camisas, calças e vestidos para as senhoras, mas até agora nada. A situação está cada vez mais degradante e esta é a imagem que nós levamos para fora do país. Por outra, a nossa companhia rege-se por vários manuais e todos eles estão em Inglês, ou seja, a viação é feita em Inglês. Mas, um dos requerimentos de um dos manuais é que ele esteja traduzido na língua mãe, algo com que também nos debatemos constantemente. Em acordo laboral, a tradução ficou para ser feita até 31 de Janeiro último, mas até agora nada. Temos muitos pontos que não estão a ser cumpridos. Já levámos essas questões ao mais alto nível. O silêncio é gritante e a única forma de sermos ouvidos é chegar à opinião pública”, explica.
Os trabalhadores dizem que as ajudas de custo continuam a ser uma preocupação porque se está a colocar aeronaves fora do país sem alimentação.
“O que dá a entender é que esta administração foi criada com o intuito de passar a imagem de que a companhia estaria saudável, por isso está a fazer uma gestão de empurrar com a barriga”, dizem eles, prometendo ainda que se a situação não for resolvida poderão partir para uma greve.
“Não é da nossa vontade prejudicar a companhia como está a ser, mas se nós não formos ouvidos, aí sim, vamos partir para greve”, afirmam.
A situação na TAAG não é nova e o Portal “A DENÚNCIA” vai continuar a acompanhar o assunto e promete trazer todas as informações sobre o caso.