CONGRESSO DA JUVENTUDE DA UNITA: PRESIDENTE DO PARTIDO ACUSA MPLA DE NÃO QUE RER REALIZAR AUTARQUIAS

 CONGRESSO DA JUVENTUDE DA UNITA: PRESIDENTE DO PARTIDO ACUSA MPLA DE NÃO QUE RER REALIZAR AUTARQUIAS

Ao proferir o discurso de abertura do V congresso ordinário da JURA, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusou hoje em Luanda o partido no poder em Angola de não querer realizar as autarquias locais e orientou à juventude do seu partido para estar contra a divisão político-administrativa, justificando que ela visa atrasar o desenvolvimento do país.

“Passados quarenta e sete anos, sem que o regime vigente tenha conseguido levar luz e água à todas as casas, nos 164 municípios de Angola, passados todos esses anos, faltam ainda muitas escolas, hospitais, serviços urbanos suficientes para cobrir a enorme demanda e procura por oportunidades e de serviços nos 164 municípios que existem neste momento. Se em 164 (municípios) não se realizam, imaginem em 581! Os fundos que querem desperdiçar com a divisão político-administrativa deviam ser alocados na resolução dos problemas já identificados hoje, nas camunas e municípios do nosso país que já existem”, sublinhou.

O presidente do maior partido na oposição em Angola também recomendou para que a JURA passe a mensagem aos outros jovens de que o MPLA, partido no poder desde 1975, data da independência de Angola, tem de fazer mais para realizar o país e não adiar Angola e que a Juventude Unidade Revolucionária de Angola deve, igualmente, condenar as demolições e outras violações dos direitos humanos que, segundo Adalberto, cresceram e crescem todos os dias no país.

“A JURA deve exigir fim do controlo dos Meios de Comunicação Social do Estado e tudo fazer para ajudar para que, aqui em Angola, possamos assistir à existência de um sistema judicial libertado das amarras”, orientou.

O líder do galo negro disse ser um escândalo, o que se tem passado com as instituições de justiça do país e apelou para que se denuncie a que chama “conduta vergonhosa das altas hierarquias das magistraturas, envolvendo juízes presidentes e a neutralidade não assumida do PGR”.

“Todos esses escândalos ocorrem perante o desprezo do Executivo, que nada faz para responder às legítimas reclamações e exigências de direito dos magistrados da primeira e segunda instâncias que trabalham, infelizmente, sem condições e que procuram promover justiça a todos os níveis”, frisou.

Durante o congresso em que estiveram presentes vários líderes juvenis, nacionais e estrangeiros, com destaque para o Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ) Isaías Kalunga e o cabeça do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), organizações não partidárias, o político disse que o país tem todos as possibilidades de responder e de criar essas condições e apelou para os homens da justiça não desistirem nem sair do país, prometendo dias melhores.

O V congresso da JURA, organização juvenil da UNITA, termina amanhã com a eleição do substituto de Agostinho Kamuango, actual presidente da organização.

O Portal “A DENÚNCIA” vai continuar a acompanhar este congresso e trará todos os dados sobre o evento.

António Samutxixi

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