UNITA NEGA RESPONDER A QUESTÕES DO PORTAL “A DENÚNCIA”

O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, negou nesta segunda-feira, 17, responder a questões do Portal “A DENÚNCIA”, na Conferência de Imprensa que o seu partido realizou, em que se falou sobre a Gestão Económica e Financeira de Angola, alegando que as perguntas do PAD não faziam parte do mote do encontro. O facto relevante, segundo a sua análise, é o de que o maior partido na oposição está a favor do povo, apontando culpas ao Executivo de João Lourenço. O PAD questionou como a UNITA pode estar a favor do povo se os deputados aceitaram receber um subsídio extraordinário de 22 milhões de kwanzas, numa altura em que o país atravessa uma “crise” económico-financeira. ACJ não respondeu a nenhuma pergunta do Portal “A DENÚNCIA”, alegando que não têm interesse público. 

O Portal “A DENÚNCIA” quis saber mais sobre as denúncias de Adalberto Costa Júnior fez recentemente, em relação ao suposto desvio de dinheiro por parte do Presidente da República, João Lourenço, segundo as quais “João Lourenço deu muito mais dinheiro à OMATAPALO do que o antigo presidente José Eduardo dos Santos à sua filha Isabel dos Santos” – para se apurar a veracidade dos factos -, entre outras questões. O PAD chegou a solicitar uma entrevista, por escrito, ao presidente da UNITA com o sentido de sustentar as suas denúncias contra o Presidente da República num canal de denúncias. ACJ não respondeu à nossa carta e negou responder às nossas questões, ficando preso apenas no que queria “publicitar” como partido da oposição em Angola.

Durante a sua comunicação de mais de uma hora, o presidente do Galo Negro afirmou que a crise que afecta o país “é estruturalmente política”.

“As causas da crise estão em grande medida associadas ao que se passou na campanha eleitoral, com as eleições de 2022, onde o MPLA, para se manter a todo custo no poder, não mediu meios e usou a conta única do tesouro como sua propriedade privada”, acusou  Adalberto Costa Júnior.

A União Nacional para a Independência Total de Angola diz não colher e ser falaciosa a justificação do Governo Angolano que, por via do Ministro de Estado para a Coordenação Económica, remeteu a actual conjuntura económica dois factores, sendo o primeiro, a baixa produção petrolífera no primeiro trimestre do corrente ano e, o segundo, a imprevisibilidade de factores macro-económicos externos, como o aumento de taxas de juro no mercado internacional.

“Se as finanças públicas dependessem apenas do cenário e dos pressupostos que nortearam a elaboração do OGE 2023, a actual crise não teria razão de existir. Não faz sentido aludir a argumentos falaciosos. A crise económica e financeira que assola o país advém de razões da corrupção, peculato, saque desenfreado e políticas desajustadas”, sublinhou ACJ.

Durante a Conferência de Imprensa que visou apresentar um diagnóstico sobre a crise económica e financeira que afecta o país, o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, fez tantas outras acusações, reiterando que o partido no poder é o culpado dessa situação que o país enfrenta.

Entretanto, sobre questões que podem constituir uma mentira à Assembleia Nacional e aos angolanos no geral, sobre a sua alegada licenciatura em engenharia electrotécnica no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP); a questão de acusações de assassinatos contra angolanos, alegando chegar a mais de 170 mortos; a questão de acusar reiteradamente o Presidente da República de estar a desviar dinheiro público para empresas como a OMATAPALO; e a questão de os deputados da UNITA terem aceitado receber subsídios extraordinários na Assembleia Nacional, quando o povo vive um clima de fome e pobreza, o presidente da UNITA não aceitou esclarecer os assuntos.

O Portal “A DENÚNCIA” vai continuar a insistir nestas questões de interesse público, prometendo investigar as razões que se prendem com a falta de esclarecimento público sobre situações que colocam o presidente da UNITA em contradições com a ética e lisura na Política.