POLÍCIA ESPANCA SINDICALISTA E IMPEDE MARCHA DOS FUNCIONÁRIOS DE LUANDA
ANGOLA: MINISTRO DA JUSTIÇA PROMETE RESOLVER QUEIXAS DOS FUNCIONÁRIOS, MAS NEGA RESPONDER A OUTRAS QUESTÕES SOBRE O ASSUNTO

Depois da grave dos oficiais de justiça da primeira e segunda instância, fruto de várias reclamações que não foram atendidas, o Ministro da Justiça e dos Direitos Humanos angolano, Marcy Cláudio Lopes, prometeu, nessa quarta-feira, 29, resolver as preocupações dos funcionários do sector, mas negou responder a outras questões do Portal “A DENÚNCIA” sobre o mesmo assunto que aflige os trabalhadores.
Questionado sobre o horizonte temporal para a resolução das queixas, no encontro que visou aferir o estado de qualidade dos serviços prestados pelo ministério, em que se levantaram os mesmos problemas constantes do caderno reivindicativo dos trabalhadores remetido em 2021 mas até agora sem resolução, o político não precisou uma data.
Em relação ao seguro de saúde, Marcy Lopes afirmou que esta é uma situação que não depende apenas de boa vontade porque esta existe.
“A intenção urgente de resolver o problema também existe, mas como sabe, a actuação dos Órgãos do Estado depende de financiamento público e este, por sua vez, é definido pelo Orçamento Geral do Estado, que tem receitas, programas e planos próprios para execução num determinado ano financeiro. Nós estamos a fazer tudo o que é possível para a melhoria, reparação e construção de novos serviços da justiça e aguardamos que o Estado possa casar as nossas necessidades com as necessidades de todos os outros sectores que integram o Governo e deste modo assegurar que consigamos prestar um serviço público de qualidade às pessoas, com a melhoria, tanto das condições de habitabilidade dos nossos serviços como com a diminuição das filas e do tempo de espera dos nossos serviços”, garantiu.
Entretanto, o Sindicato dos Oficiais de Justiça de Angola acusa Marcy Lopes de ser o culpado pela paralisação dos serviços no período de 10 a 14 de Agosto e que por causa disso as delegações provinciais do ministério da Justiça e dos Direitos Humanos estarão, provavelmente, a punir os trabalhadores que aderiram à greve.
No encontro que visou auscultar os funcionários do ministério da justiça, o PAD foi atrás do contraditório, mas o ministro Marcy Lopes negou falar sobre a greve e as acusações do SOJA ficaram sem resposta.
Sobre a situação do seguro que o ministro assegurou estar já a tratar com a caixa de previdência da justiça, o Portal “A DENUNCIA” sabe que há informações de que esta associação mutualista estará, provavelmente, a ser dirigida por pessoas ilegítimas. Questionado se tem informação disso, o que poderá fazer com que esteja a negociar com pessoas inapropriadas, Marcy Lopes respondeu que esta questão tem de ser feita à direcção da caixa, não ao ministério.
O Portal “A DENÚNCIA” promete acompanhar o desenvolver deste caso.
Nos próximos dias, vamos remeter uma carta ao ministro Marcy Lopes a solicitar oficialmente um esclarecimento sobre as situações que ficaram sem resposta e traremos toda verdade ao público.